Obrigada, 2017!

Eu filmei um vídeo para o canal juntamente com esse texto, porém estou viajando e não tenho como editá-lo propriamente, então, até chegar em casa, ficarei somente com os textos e o blog. Sinto muitíssimo.

 

Ano passado foi um ano de muito aprendizado e amadurecimento pra mim, em todas as áreas da minha vida.

Comecei o ano com um pensamento: fazer de 2017 um ano melhor para mim. Mudar minha forma de ver o mundo, mudar a forma como eu me via, mudar a forma de como lidava com perdas.

Foi difícil, porque desde 2013 venho lutando contra a depressão, mas fiz de tudo para ter uma saúde mental melhor. Deixei alguns “bad habits” e os substituí por hábitos saudáveis, que, no fim, me fizeram super bem. Pratiquei muito amor próprio, uma coisa que eu quase nunca fiz. Sinceramente, nunca me senti tão bem desde 2013. Depois de começar a minha batalha para aceitar meu corpo, personalidade, aparência — eu mesma em todos os sentidos possíveis —, acabei percebendo que certos relacionamentos me faziam mal, e faziam mal para minha saúde mental. Se você quer começar a se curar, você precisa tirar todas as coisas que não te fazem bem, que não te acrescentam e somam da sua vida. Foi difícil no começo.Na verdade eu nem sabia que estava me desfazendo dessas amizades até olhar para o começo do ano e perceber quantas pessoas haviam ficado para trás. Lembro que houve várias recaídas ao longo do ano, porque tenho dificuldade em aceitar quando uma coisa acaba, quando uma pessoa se vai ou uma amizade acaba. Eu sofri com algumas dessas partidas, acho que é algo natural, mas, no final, percebi que aqueles relacionamentos me faziam mal, e que eu merecia melhor.

É difícil falar isso também porque parte da minha maratona de amor próprio era perceber exatamente isso: que eu sou o bastante. Que o problema não era eu. Que não era inteiramente culpa minha se algo acabasse — principalmente quando esse “algo” era uma amizade tóxica.

 

Quis fazer uma retrospectiva do meu 2017, aí estão os tópicos mais marcantes:

 

Descobri quais eram meus amigos de verdade.
Comecei minha maratona de self love e aceitação como NUNCA tinha feito. Vou continuar com isso esse ano, pra sempre.

Conheci um pouco mais sobre o feminismo, girl power, li o livro da Malala e tive certeza que esse movimento era algo do qual queria fazer parte.
Li dois livros de poesia que me marcaram muito: “Outros jeitos de usar a boca” e “the sun and her flowers”, da Rupi Kaur.

Esses dois livros de poesia feminista só reforçaram meu amor por esse movimento.
Conheci o canal da Louie Ponto e da Nataly Neri (afros e afins) e me apaixonei.
Comecei meu curso técnico de Publicidade (quem me conhece irl sabe que isso era uma coisa desafiadora pra mim).

No curso, apresentei dois trabalhos que foram muito importantes pra mim na frente de 30+ pessoas (novamente, totalmente fora da minha zona de conforto. Mesmo depois de seis meses, continuo orgulhosa de mim mesma).
Saí mais com meus amigos (Marina e Lucas).

Saí pro barzinho com a Aline e me diverti MUITO cantando o meu hino (Mr. Brightside).
Comecei um relacionamento.
Terminei um relacionamento.
Aceitei de que o fim desse relacionamento não foi minha culpa e que eu não deveria me sentir menos suficiente por isso.

Me desprendi de vários “bad habits” que tinha desde o começo do meu quadro de depressão. Cultivei alguns hábitos saudáveis para substituí-los.
Dei adeus ao meu pai, mas fui forte o bastante para aceitar isso.
Passei por um cateterismo achando que ia morrer.

Percebi, no finalzinho de Dezembro, que eu me despedi de VÁRIAS amizades que não me faziam bem, e fiquei surpresa ao constatar que foi uma das melhores coisas que eu poderia ter feito.
Fiz uma ponta de modelo pro trabalho de final de módulo do curso e GOSTEI DO RESULTADO.

Percebi que sou boa o bastante.
Tenho amigos que me amam e são uma família pra mim.
Conheci mais pessoas incríveis lá pro final do ano.
Saí muito. Me diverti muito.
Aprendi como é ter muito amor próprio e que é um trabalho contínuo.
Abracei vários cachorrinhos.

FUI PRA COMIC CON (outra coisa que me tirou completamente da zona de conforto).
CONHECI O LUBATV E O ABRACEI NA CCXP.
EU ESTAVA RESPIRANDO O MESMO AR QUE O DYLAN O’BRIEN.
Conheci a Bia.
COMECEI O MEU CANAL NO YOUTUBE.

 

Pessoalmente foi o melhor ano da minha vida. Eu daria o mesmo conselho a vocês: nesse ano, comecem do zero e tenham mais amor por vocês mesmas. Mais respeito próprio. Não se contentem com pouco, ou com nada, porque você acha que não vai encontrar coisa melhor. Você vai. Você merece muito mais do que um amor meia boca, um cara que só aparece quando não tem nada “melhor” pra fazer ou precisa do seu apoio. Você merece estar com alguém que te ame de verdade, e não que esteja com você por que é fácil e cômodo.

 

Desejo á todos os meus leitores mais amor, aceitação e confiança. Feliz 2018!

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