TOP 5 – Livros.

Bem, se você está aqui provavelmente já viu meu vídeo da semana — se não viu, o vídeo estará logo abaixo para você dar uma olhada. 

 

Em meus dois primeiros vídeos, eu conto um pouco mais das minhas coisas favoritas. De uma forma parecida, fiz um trabalho sobre isso no meu curso algumas semanas atrás, nós precisávamos levar coisas que nos formaram, que nos transformaram em quem nós somos. Levei alguns box de séries, mais alguns livros e alguns CDs. 

Esses dois primeiros vídeos são importantes para mim pois não somente abriu para vocês a oportunidade de descobrir um pouco mais sobre meus gostos, como também mostrou quem eu sou como pessoa. E vocês vão perceber, nos próximos vídeos, que muitas dessas séries, livros, bandas e filmes formaram meu caráter. 

Eu não pude colocar minha última categoria no vídeo, então decidi colocá-la aqui.

(Cuidado! Esse artigo contém Spoilers)

Livros são uma das coisas mais importantes da minha vida, então, é claro que essa categoria era a mais importante. Talvez eu coloque mais alguns livros, como menções honrosas. 

Harry Potter e a Pedra Filosofal — J.K Rowling.

Harry Potter é e sempre será a saga da minha vida. Descobri os livros quando eu tinha mais ou menos 10 anos de idade, porque meu primo tinha a coleção. Devorei os sete livros em praticamente três meses, de tanto que gostei. Naquela época, eu era a excluída, a que recebia bullying e a que sempre ficava sozinha na hora do intervalo, então, nos livros, descobri amizades e mundos que nunca me deixariam.  Depois disso, assisti aos filmes, até Harry Potter e as Relíquias da Morte parte dois (esse que me fez ir ao cinema 5 vezes, e chorar em todas elas). Acho que Harry Potter é uma saga que marcou gerações e que ainda vai marcar mais milhões, e acho esse o dom mais incrível de uma pessoa — conseguir, mesmo depois de vinte anos, tocar e encantar indivíduos de todas as idades.

(Pule essa parte se você tem algum gatilho relacionado à suicídio/depressão/abuso).

As Vantagens de Ser Invisível — Stephen Chbosky.

Conheci esse livro em 2012, um pouco depois de o filme adaptado do livro ter estreado no cinema (me arrependo de ter assistido o filme primeiro. Lembrem-se disso ao assistir um filme adaptado). Esse livro conta a história de Charlie, um garoto problemático e traumatizado pela morte da tia dele — a pessoa que ele mais gostava da família — no dia de seu aniversário. Ele vai para o ensino médio após o suicídio de seu melhor amigo, sem amigos e com dificuldade para se comunicar e criar vínculos emocionais, logo ele conhece um grupo de adolescentes liderados por Sam e Patrick (o meu personagem preferido do livro), e, com esse grupo de amigos, ele começa a viver a vida de adolescente americano, mas, claro, sempre com a pegada mais real e obscura, já que ele é um personagem com forte carga emocional. Ele vai para uma festa organizada por esses amigos após um jogo de futebol americano do colégio. Nessa festa descobre que Patrick é gay e que está se relacionando às escondidas com o quarterback do time de futebol, o Brad. Lá, ele se torna realmente parte da turma, quando Patrick diz: “You see things. You keep quiet about them, and you understand. You’re a wallflower.” 

Em meio a isso, ele começa a relembrar de coisas que aconteceram no seu passado, e têm apagões — o mais importante, quando o time de futebol americano do colégio machuca o Patrick e ele sai correndo para ajudá-lo. Nessa hora, ele tem o apagão e, quando acorda, todos os integrantes do time estão caídos machucados no chão.

Pouco a pouco, ele vai relembrando o que a tia dele fazia, até que chega a um ponto em que ele está sozinho em casa, liga para a irmã dele desesperado e entrando em crise, dizendo que, por culpa dele, sua tia havia morrido. Quando Charlie vai para a reabilitação, seus pais descobrem o que a tia dele fazia quando o garoto era criança.

É um livro incrível e que me marcou muito, ele fala sobre depressão, abuso sexual, relacionamentos abusivos e vários outros assuntos de uma forma sutil, mas também pesada.

Vou postar aqui duas partes (do filme) que, para mim, são as mais pesadas e significativas:

 

 

 

O filme conta com um elenco incrível. Logan Lerman (Percy Jackson, Noé) Emma Watson (Harry Potter, Bling Ring, A Bela e a Fera) Ezra Miller (Animais Fantásticos e onde habitam, Liga da Justiça), Paul Rudd (Homem-formiga) e Nina Dobrev (The Vampire Diaries). 

 

Estilhaça-me — Tahereh Mafi.

Uma trilogia distópica, minha preferida quando li em 2011. Conta a história de Juliette, uma garota de 17 anos. Ninguém sabe o motivo, mas seu toque é mortal. Por isso, a família a abandonou num hospício. Quando a garota completa 264 sem ter contato com ninguém de fora, ela conhece seu novo companheiro de cela, Adam — um garoto alto, bonito e estranhamente familiar. O governo foi tomado pelo Restabelecimento, e, com isso, o grupo tem um plano para ela; querem usá-la como arma. Quando a verdadeira identidade de Adam é revelada, ela tem que lutar pelo que quer realmente: liberdade. 

O que me cativou nesse livro foi a narrativa (em primeira pessoa), já que é revelado vários conflitos internos da personagem. Como ela está há anos sem ter contato com o mundo real, a garota está praticamente pirando. Mas é incrível o quanto a autora consegue captar e mostrar, cruamente, todos os traumas da personagem ao longo dos três livros. 

 

Quem é você, Alasca? — John Green. 

Miles Halter é um adolescente estranho — ele faz coleção de últimas palavras. Cansado de sua vida entediante, ele resolve se matricular em um colégio interno a procura de seu “Grande talvez” — últimas palavras do poeta François Rabelais “I go to seek a great perhaps” —, e lá ele conhece Alasca, uma garota enigmática e problemática que está à procura de “como sair do labirinto de sofrimento” que é a vida. Pouco a pouco, você vai descobrindo que a Alasca é uma garota com várias cicatrizes e demônios, marcada por alguns acontecimentos em sua vida. A personagem tem uma profundidade psicológica imensa, e, por essa razão você consegue entender porque ela é como ela é, e entende também seu final. O livro mais pesado e, na minha opinião, o melhor livro do John Green. 

 

Outros Jeitos de Usar a Boca – Rupi Kaur.

Um livro de poesia feminista que me marcou muito. Li esse ano e a profundidade de algumas poesias me levou às lágrimas, e suas poesias são altamente impactantes (mas cuidado! Aviso de gatilho). O movimento feminista se tornou algo importante pra mim há algum tempo, então ler essas poesias foi algo bem empoderador pra mim, mas você não precisa ser necessariamente feminista para lê-lo; todo mundo precisa de um pouco de empoderamento feminino, afinal.